terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Lost in translation

Já falámos e divagámos milhares de vezes sobre aspectos relacionais que correm menos bem, mas há um assunto particularmente delicado...

Não sei comprovar aquela coisa que os homens são de Marte e as mulheres são de Vénus mas uma coisa quase todos podemos comprovar... às vezes falamos linguagens diferentes.
Todos os tipos de linguagem tanto a verbal como a não verbal.

Não estou a falar no diálogo durante o relacionamento, ou dos homens conseguirem com maior ou menor mestria decifrar as mensagens subliminares das mulheres... não... Estou muito atrás, estou antes do relacionamento propriamente dito.

Gosto de socializar, considero-me uma rapariga, digamos... simpática e extrovertida. Relaciono-me de igual modo com homens e com mulheres... Bom, podem imaginar as dores de cabeça que isto já me deu.

Parece que no ritual do acasalamento o mínimo sinal é visto como uma luz verde para avançar ou pelo menos como um sinal que vale a pena avançar.

Talvez os homens estejam desesperados e interpretem qualquer sinal como um "sim".

Talvez não estejam habituados a que sejamos simpáticas com eles, ou gostem secretamente de ser tratados ao pontapé, e se agimos de maneira diferente é porque temos de ter "qualquer uma na manga".

Onde está o risco que divide o legítimo gosto de conhecer uma pessoa do mostrar interesse pela outra pessoa?
Cada vez me apercebo que o risco está cada vez a tender mais 'pró "ela grama-me" e menos para "ela acha-me interessante".

... Mas sou eu que estou errada? Ou isto é equivalente ao teste do borrão de tinta, cada um vê aquilo que quer ver?

É assim tão incrível uma mulher ser afável quando não tem nenhum interesse amoroso num homem?
... e já agora, qual é o grau de simpatia aceitável para não ser considerado como uma "porta aberta"?

Ainda há aquele "lose lose scenario" se somos "frias" somos convencidas/parvas, se somos simpáticas somos fáceis/lerdas. Olha, venha o diabo e escolha...

... e o mais irónico é que quando estou interessada num homem (por um motivo idiota qualquer) o trato mesmo ao pontapé, portanto os que trato bem é porque foram directamente para o cesto do "amigo".

I rest my case...

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