quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Compromisso? Opss!

Compromissos?
Os únicos compromissos que se assume hoje em dia são hipotecas bancárias.

A meio dos 30’s, a palavra “compromisso” despoleta uma relação pavloviana. É como se mentalmente alinhasse os ex’s por ordem cronológica e apenas se visse os pontos onde as relações falharam.

Nunca comecei uma relação comprometendo-me após o primeiro beijo...Quer dizer, comecei uma relação que a única coisa que peço é que Deus ma leve da memória o mais rápido que conseguir.

@afanador

Mas que compromisso é que querem de mim?

Que vai durar para sempre?
Não vai, a única garantia que temos quando começamos uma relação é que eventualmente acaba. O período pode variar, mas está mais que sabido que nada é para sempre.

Que vou gostar exclusivamente dessa pessoa?
Provavelmente até vou... mas quantas pessoas é que não olham para os parceiros e pensam “não tem nada a ver com a criatura com quem comecei a namorar”? ou pelo menos com a ideia que fizeram dela?

Como é que me consigo comprometer com uma pessoa que ainda nem conheço?
Passo um cheque em branco à personalidade e gramo o que me sair na rifa?
Desculpem, gosto de ter algum controlo nas coisas que me acontecem e isso não é bem o meu género.

As pessoas vão ficando juntas porque dão apreço à companhia da outra. Vão ficando até deixarem de dar apreço, não se iludam... não há papel ou “compromisso” no mundo que faça o contrário nos dias de hoje.
Quando as pessoas estão mal têm o óptimo hábito de se mudarem.

Somos todos guerreiros sobreviventes de inúmeras batalhas sentimentais, mais ou menos ocultas. Não procuramos enfermeiros que nos curem, mas cirurgiões plásticos que “mascarem” as cicatrizes.
Perdemos o Norte e deixámos de saber o que procuramos nas relações, porque aprendemos a viver somente connosco. A “outra” pessoa passou a assumir um papel mais decorativo do que funcional.

Precisamos de compromissos?
Para quê definir o itinerário se ainda nem sequer sabemos o destino?
Sosseguem e aproveitem a paisagem... enquanto dura...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cheiras-me bem?

Uma das coisas que tenho mais sensibilidade é ao cheiro.
O olfacto decide a base da minha vida sentimental, se não me cheira, não avanço...
Há pessoas cujo cheiro nos dá um click automático por mais imperfeitas que sejam e pessoas fantásticas que não nos cheiram a nada.
Se não nos cheira, não há relação possível. Portanto, entre duas pessoas, escolhemos a que nos cheira melhor, independentemente se é a mais acertada ou não.

Em termos sexuais, às vezes só o cheiro é necessário para nos colocar automaticamente em disposição.

@lachapelle

Tenho a teoria que, as pessoas são uma mistura de vários sub-cheiros. Se usar perfume, este é garantidamente o cheiro predominante. Contudo, um perfume no frasco vai reagir na pele de cada um de forma diferente.
Não concordo nada com a ideia de que se deve mudar de perfume cada vez que a nossa actriz preferida faz uma nova campanha ou quando mudam as estações.

As pessoas que não usam perfume, perdoem-me, mas cheiram maioritariamente a amaciador de roupa, peço desculpa mas é verdade.
Tive um caso em que após o meu Lover trocar de amaciador de roupa, eu perdi a química. Não digo que seja mau não usar perfume, afinal de contas, todas as peças passíveis de irem à máquina de lavar ficam com o mesmo cheiro. Os lençóis, por exemplo, ficam a cheirar à pessoa, o que acaba por ser sexy.

Outra coisa que me causa impressão é quando decidimos pernoitar na casa de um homem e no dia seguinte, quando decidimos ir tomar banho, reparamos que só existe gel de duche masculino ou desodorizante masculino.

Se alguém nos perguntar "ficaste em casa ontem à noite?", com que cara é que respondemos que não com um "cheiro a musk" a sair por todos os poros?
Não dá para disfarçar, sorry. Há homem ao barulho e ponto final.

Uso o mesmo perfume desde os 14 anos. Está entranhado na micro-fibra de todas as coisas que me rodeam é a minha "trademark".
Tenho orgulho que me digam, ao cheirarem o meu fraco de perfume, não parece nada o teu cheiro.
Quer dizer que, a minha pele absorve o perfume e converte-o num cheiro exclusivamente meu. (Secretamente, acho que é a mistura de cheiro de perfume com cheiro de tabaco, mas é lisonjeador na mesma).

Portanto, invistam no vosso cheiro, na vossa impressão digital olfaltiva, uma vez que é o vosso cartão de visita relacional.
Peguem e processem os vossos cheiros entre: perfumes, desodorizantes, body milks, cremes estéticos, detergente de roupa, etc, para criarem o vosso cunho pessoal e captarem a atenção de muitos narizes circundantes.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Relações Joystick

Após anos a assassinar relações com problemas domésticos e logísticos... que enviam qualquer relação para o domínio dos "roommates" e matam qualquer magia que possa surgir...
... decidi deixar as lavandarias, supermercados, máquinas de roupa e gestão da limpeza profissional trancada na respectiva casa de cada um.

As parcerias sentimentais devem ficar apenas com as partes recreativas e românticas.

Bem sei que isto é uma ideia utópica e que na prática as coisas não são assim tão harmoniosas.

Após alguma prática, reparo que uma das casas acaba por se tornar o dormitório de eleição e a outra, com o tempo, fica apenas com a função de roupeiro.

@Afanador
 
Não há qualquer problema neste ponto, se a casa não for a nossa, em cada acordar sentimo-nos sempre a “estrela convidada” e as funções de lavar a loiça do jantar, podem sempre ser feitas por um duende qualquer, que pouco nos interessa.

Também há um factor importante a ter em conta, o custo financeiro do capricho, seria efectivamente mais económico fazer a fusão dos leitos... mas não se esqueçam de considerar o impacto da “desfusão” se a coisa der para o torto....

Ainda há o factor impensável, que na prática será o que incomoda mais, o factor “roupa interior”. Por alguma lei oculta do universo, a casa em que fiquem será sempre a que não tem roupa interior lavada... acreditem, uma espécie de lei de Murphy da existência moderna.

Sem falar do facto que para as ladies, o tamanho das vossas carteiras terá que aumentar consideravelmente. Terá de albergar o famoso necessaire de higiene, com as pilhas de cremes e makeup sem as quais não se faz uma mulher...

... mas mesmo com estes contras, imaginem o quão libertador seria para as relações se apenas se assentassem em critérios lúdicos. Esqueçam as coisas comezinhas e mesquinhas que matam o reino idílico das relações actuais.

Já não nos basta a crise económica?
A ginástica necessária para conseguirmos encaixar uma vida sentimental nas nossas vida pessoais?
Ainda temos tempo para decidir na vida de quem é que levar o gato ao veterinário terá mais impacto?

Uf, demasiada realidade para algo tão frágil.

Ah! Há outro senão.... com o qual me deparo recentemente... Ainda há tarefas em que a presença masculina é necessária. Por exemplo, descobri que sou ansiosa de mais para manipular um martelo, não sei desentupir um cano, não tenho a força necessária para uma data de tarefas, etc.

Tenho uma solução brilhante para este problema. Em vez de convertermos o nosso parceiro no “Senhor da Bricolage”, alugamos o parceiro de uma amiga. Dois-em-um. Lucramos com a relação e não passamos a ver o alvo do nosso afecto a praguejar com luvas de borracha e a gritar connosco.

Assim, as mulheres fariam uma espécie de permuta entre elas, cada uma alugava os parceiros das outras. A longo prazo este factor até poderia por exemplo, acabar com a velha história do rapaz que foge com a melhor amiga da namorada... A falta de glamour das luvas de borracha aniquila qualquer tensão sexual.

Por isso tornei-me adepta das relações “joystick”, relações que servem apenas para a parte divertida da vida.
Amor? Sim.
Relação? Sim.
Cabana? Duas, sff.
Espero criar novos adeptos!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O jogo que é viver


A vida, na sua infinita sabedoria, goza connosco.
Se repararmos com cuidado, temer fortemente uma coisa só vai fazer com ela aconteça mais rápido. Inevitável. Necessitar desesperadamente de algo, só o faz afastar cada vez mais de nós.
Rendam-se.

O problema da vida é que tem um humor demasiado negro... daquele género de humor tão rebuscado, que só passados muitos anos é que finalmente percebemos a “punchline”.
Tenho uma teoria absolutamente infalível sobre este facto. A vida no fundo é um jogo.
Daí aquela sensação de, por vezes, sermos descartados ou de fazermos “all in” em certas ocasiões... mas a vida não é só um jogo de cartas... é mais um jogo de estratégia...

Ao longo da vida, a nossa tarefa é colecionarmos pistas até à velhice. Na velhice, com todas as pistas finalmente em nosso poder, podemos entender o propósito de tudo e chegamos à conclusão sobre o sentido de tudo o que vivemos.
Creio que é aí que está o problema...
Vou ser eu, pela primeira vez, a apontar o erro do “esquema” de viver.

Em primeiro lugar, deve haver graves problemas de comunicação entre a vida e Deus. Penso que o principal problema reside no facto de ambos não dominarem na perfeição as novas tecnologias de informação. Não devem saber utilizar o mail, os chats das redes sociais ou o skype.
Vejamos, se o propósito é mesmo termos a epifania final durante a velhice, porque é que existem as doenças mentalmente degenerativas?

Por mais peças que tenha recolhido durante o meu percurso de vida, como é que é suposto eu chegar a alguma conclusão com Alzheimer?
Comuniquem! Entendam-se... estão a pedir-nos o impossível. É um jogo viciado em que ninguém ganha e na maioria das vezes nem se apercebe que o jogou.

@helmut newton
 
Será que a vida sabe o trabalho que dá recolher cada pecinha?
Sabem a quantidade de tralha e monos que vamos acumulando ao longo da existência? Mágoas? Sofrimentos? Fobias?

Das duas uma... ou nos dão acesso a todas as peças logo no início da vida ou acabam com essa coisa das doenças que nos dão cabo da cabeça...
Tirem de uma vez um curso de internet e parem de nos torrar a  paciência! Este jogo perdeu a graça!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Tenho saudades



Tenho saudades...
... de quando gostávamos de alguém e ficávamos felizes por isso.
... de quando dormíamos no peito de alguém e nos sentíamos seguros.
... de quando amar era ter olhos só para uma pessoa.
... de quando vivíamos os problemas dos outros como se fossem nossos.
... de quando viviam os nossos problemas com preocupação.
... de quando sentíamos que tínhamos peso na vida de alguém.
... de quando tínhamos pressa para contar as coisas boas e más que nos aconteciam no dia.
... de quando gostávamos que o dia de trabalho acabasse.
... de quando contávamos as horas para os encontros e para os dias de férias.
... de quando dávamos desculpas a terceiros para ficarmos juntos.
... de quando achávamos que não aguentávamos mais um dia sem sexo.
... de quando os problemas desapareciam com uma festa no cabelo.
... de quando olhávamos para os olhos de alguém e queríamos dar elogios em vez de críticas.
... de quando dormir era um acto de intimidade e não uma atitude de descanso.
... de quando confiávamos totalmente em alguém.
... de quando assumir a nossa fragilidade era uma condição humana e não uma atitude de fraqueza.
... de quando podíamos dizer o que nos passava na cabeça sem pensar o que pessoa podia imaginar de nós.
... de quando não precisavamos de pôr passwords nos telemóveis.
... de quando amar era uma dádiva e não uma forma de nos consumir tempo.
... de quando víamos caras e corações e tudo tinha o mesmo aspecto.
... de quando não tínhamos vergonha de dizer que queríamos discutir o futuro.
... de quando o lar era o sítio onde baixávamos as defesa e não o sítio onde as erguíamos.
... de quando éramos felizes.
... e de quando podíamos assegurar que éramos amados...

Por favor, devolvam a forma antiga de amar.

domingo, 9 de outubro de 2011

A fase ou crise dos "trinta-e-picos"

Aos 30 entramos na fase de graça "estou-me-nas-tintas-para-o-que-os-outros-pensam-de-mim". Uma fase libertadora, que até nos dá uma aura de super-heróis... pensamos "that's it"... o meu propósito está alcançado, tenho plenos poderes sobre a minha vida e os meus actos, perfeito!

... mas ao vermos a receptividade do mundo em geral para com mais um nascimento de um semi-deus... sucubimos...
O quê?? Voltar à idade do centro da auto-imagem, da aceitação social dos 20s?? never...

... então entramos numa sub-fase...
Por uma questão meramente quantitativa vamos assumir que é a fase dos 35 anos. Pode ser mais cedo ou mais tarde, com base na experiência de cada um...

@Herb Ritts

A fase dos 35 antecede a fase dos 40s.
Tenho pavor à fase dos 40... talvez por ter vivido demasiadas crises dos 40s de outros.
Acho que ser uma mulher de 40 é o equivalente a ser uma santa em vias de canonização. Os homens enlouquecem aos 40s. A sério... ficam loucos... deve ser hormonal.
Acordam e dizem "hey, eu ainda sou novo demais para atinar", largam as mulheres e os filhos, alugam aquelas famosas casas todas brancas com mobiliário moderno, aka casa de playboy ou garçonnière... apanham trocicolos numa tentativa desesperada de controlar o número máximo de mulheres numa discoteca e tentar viver uns "maduros trinta-e-picos". Como se ninguém notasse que estão um nadinha fora de prazo...
Não há paciência!

Bom, voltando à fase 35...
Talvez seja uma antecipação da "crise 40" mas de repente a paciência desaparece... quase toda... é drenada.
Entra-se na fase "vai pastar"...
"O quê não percebeste o que te disse?" - "Vai pastar!"
"Queres condições na nossa relação?" - "Vai pastar!"
"Queres filhos?" - "Vai pastar!"
"Não queres filhos?" - "Vai pastar!"

Já não falamos, discutimos, argumentamos... "Vai pastar!" e não se fala mais nisso.
Logo, logo a seguir à epifania dos 30 e antes da crise dos 40...
Deve ser o nosso organismo a preparar-nos para não remoer muito as coisas pelo o que passamos, senão o futuro vai ser negro!
"Esquece, não te preocupes e descarta"... é o compromisso entre o controlo da situação quase, quase a sucumbir para o "velho-gaiteirismo"...

domingo, 14 de agosto de 2011

We are the champions... my friend...

A principal qualidade de todos os vencedores é a auto-motivação.
É a característica que distingue o “trigo do joio”, ou seja, os resignados dos vencedores.
A auto-motivação está directamente relacionada com a auto-estima e essa tem que ser trabalhada com afinco para não nos faltarem os “pilares” do sucesso.

Como podemos ir nutrindo a auto-estima para nunca perdermos o comboio dos bem sucedidos?

Creio que vivemos para nos convencermos que somos "grandes coisas".
Um truque importante é treinarmos o nosso ouvido para a “audição selectiva”. Esse é um dos grandes problemas da espécie humana... temos que ouvir apenas o que nos vai ajudar a criar a nossa personalidade “à prova de bala”, ou seja, relativizar as críticas e ouvir os elogios em repeat.

Não há nenhum vencedor que tenha parado para dar ouvidos a boatos a seu respeito. Todos vivem do lema “falem bem de mim ou falem mal... o importante é que falem!”.

Um espírito optimista é meio caminho andado para este processo ser mais eficaz. Em vez de procurarmos críticas no meio dos elogios, temos que procurar elogios no meio das críticas.

Adoro rumores e boatos à cerca de mim. Só noto o quanto a minha vida é interessante, quando vejo a atenção que as outras pessoas lhe dão. O que as faz despender tempo da sua própria vidinha para a dedicar à minha? Bolas, devo ser mesmo peculiar ou estimulante para merecer essa honra.


@Ruven Afanador

Além disso, sejamos sinceros, a calúnia só é utilizada quando existe inveja à mistura... e se há inveja é porque temos alguma coisa de invejável... alegrem-se!

Independentemente dos rumores que correm, quando alguém já ouviu falar previamente de nós, a pessoa reage sempre como se já nos conhecesse. Somos-lhe familiares...

Este factor, juntamente com algum carisma pessoal, é uma rampa bem lançada para o sucesso.
Portanto, quem nos difama ajuda-nos na nossa promoção social. Um grande bem-haja aos nossos inimigos!

Também há outro factor a ter em conta, convém analisar bem os elogios que recebemos e passar o crivo da “graxa” e do “quero-te-lavar-para-a-cama”.
Não digo para ignorar estes elogios, à falta de melhor, eles dão um “ar fresco” à nossa auto-estima.... mas não se baseiem neles para tomar decisões. A grande mentira pode ser forjada, agora aquelas pequenas acções são impossíveis de simular.

Cá está! A fórmula de sucesso.... perfeito... a teoria está cá toda.... mas perguntem-me: “na hora da verdade aplicas?” . Não, consumo-me em rumores, boatos e difamações... tal e qual como vocês...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Turismo “Coronel Tapioca”


Adoro pessoas que vêm com uma superioridade confiante para uma terra que não é a deles.
Devem ser criaturas realmente superiores (por qualquer motivo que desconheço). Autênticos semideuses que nos concedem a honra da sua maravilhosa presença!

Pavoneiam-se por entre os locais e esbanjam arrogância para quem quer e para quem dispensa.
Acabam por visitar um país e em vez de verem uma forma diferente de viver e absorver novas experiências, acabam por fazer o que eu chamo de turismo "coronel Tapioca".

A mim, a marca “Coronel Tapioca” sempre me fez lembrar “pseudo-aventureiros” hiper-engomados. Ou seja, os radicais que não despenteiam um fio de cabelo.
Imagino sempre aqueles safaris em países africanos, onde anda num super jeep a observar criaturas exóticas…. por  trás de vedações… para não ser excessivamente perigoso ou excessivamente “selvagem”. Aventureiros do ar condicionado, porque selva “é giríssima mas é um horror de abafado”.

Então aquela mania europeia e norte americana que somos superiores à priori porque somos “mais desenvolvidos” e os países em vias de desenvolvimento são “os coitadinhos” a quem temos de oferecer coisas ocidentais porque eles, coitadinhos, não têm!

 @Ruven Afanador
Porque é que hão-de ter?
Para que é que eles necessitam desses bens supérfluos?
A nós? Faz-nos mais felizes ou completos? Ou torna-nos escravos de coisas completamente acessórias na vida?
Acho que ficámos cegos de passarmos a vida a olhar para a parafernália electrónica.

“Pobrezinhos”?

Por exemplo, em São Tomé e Príncipe, o país de África com menor PIB per capita, eles constroem casas em cima de praias azuis turquesa, com água pelo meio da canela da perna pescam chocos gigantescos que nunca verão congelador na vida, esticam a mão e têm banana pão para acompanhar, enterram as mãos na areia e têm um fantástico caranguejo para entrada e o “compal néctar” deles é um suculento côcô.
Se não lhes apetecer muito, não precisam de trabalhar.

“Pobrezinhos”?
“Pobrezinhos” de nós, que passamos a vida inteira a trabalhar para atingir o que lhes é dado à nascença.

Não sei onde se vende essa auto-estima radiante mas se encontrarem comprem-me 2 caixas sff.

sábado, 6 de agosto de 2011

Does size matters?


Os homens e a mania dos tamanhos!! Todos os homens, mesmo aqueles que nem chegam ao tamanho médio, gabam-se de ser enoooormes.
Deve estar relacionado com a mania das grandezas masculina... ter uma “gaja boa” para os amigos verem, ter um “bruta” carro, ter um pénis gigantesco...

Até aqui dava um desconto e passava ao lado... mas a partir de momento em que ouvi “raparigas modernas” a jurarem a pés juntos que “grande é que é” decidi ser “risqué” e opinar sobre esse assunto...

Meus caros, essa teoria de que “quanto maior melhor” só existe na vossa cabecinha.
Pessoalmente acho que não há tamanho que vença a falta de técnica. Seria a mesma coisa que dar um ferrari a alguém que não tem carta...

Juro que não compreendo o alarido em torno desse tema. Algumas vezes até vi esse assunto ser defendido por mulheres... o que me confunde ainda mais.

 @Pierre et Gilles

A não ser que a mulher em causa tenha passado por uma pilha de partos naturais ou que seja geneticamente gigante, o tamanho médio europeu serve perfeitamente para o propósito. Com talento suficiente deixa uma mulher contentinha, sem talento não há tamanho que valha... e nesse caso os "maiores" até deixam recordações muito pouco agradáveis.

Também já ouvi dizer, que tal como os homens, a anatomia da mulher varia conforme a raça. As africanas são mais profundas, as chinesas menos profundas e mais estreitas... não consigo afirmar ou desmentir. Só nasci mulher europeia, nunca vou nascer outra coisa qualquer (e não acredito na reencarnação)...

Para mim, tamanhos gigantescos, são desconfortáveis e limitadores.

Associo sempre o tamanho médio a anúncios de tampões. Tal e qual como vimos na TV: dá para ir à praia, dá para andar a cavalo, dá para todas as finalidades. Non-stop fun durante horas e horas.

Não me venham com tretas (mesmo as senhoras), tamanhos grandes não dão para todas as ocasiões... e o “fun” fica limitado a umas horitas quanto muito.
A não ser que haja um fetiche qualquer associado a dor, chega a um ponto em que as limitações anatómicas são imperativas e o “fun” tem que acabar. 
Algumas posições do Kama-sutra deviam vir com uma nota de rodapé "não aplicável a tamanhos superiores a XX cm".

Pénis grandes fazem-me lembrar aquelas bonecas com cara de porcelana na casa da minha avó... tão bonitas e perfeitinhas mas nunca podia brincar com elas...


Para quê tanta histeria em torno deste assunto?? Por favor... até chegarmos à hora H nunca sabemos mesmo o que nos vai calhar na rifa.


Ok, há tamanhos absurdamente constrangedores em ambas as extremidades da escala. Normalmente, por melhor actriz que se seja, está espelhado na nossa cara... "e agora? o que é que faço com isto?"... mas isso são as excepções e não a regra.
Tiveram azar, é como comer maçã com bicho... deita-se fora e escolhe-se outra!

Não fiquem obcecadas (ou obcecados) com pormenores métricos. Arregacem as mangas, abram o google (ou literatura de referência) e aprendam TÉCNICA, repito TÉCNICA! Isso sim dá felicidade "extra"...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sorria... "click"... apaixonou-se...

Não sei antecipar racionalmente o fenómeno.
De repente "click" e estou apaixonada, não creio que seja um princípio racional porque por vezes acontece sem que haja diálogo.

Tanto me aconteceu no meio de uma conversa com um amigo, um tom certo de voz? a luz correcta?... e "click". Não sei bem como, nem porquê... mas que aconteceu, aconteceu... Sinto, é físico.

Como me aconteceu sem nunca ter falado com a criatura, ok, aqui admito que foram os maiores "espetanços" da minha vida...
Este "click" sem conversa prévia, deve ser o que as pessoas chamam erradamente de "amor à primeira vista".
De amor tem muito pouco, atracção, desejo... talvez...

O "click" é tramado, não é propriamente um momento kodak... não, este "bate" e perdura.
Acho que a imagem mais correcta, perdoem-me a piroseira, é a do miúdo regula com asinhas nas costas e munido de flechas... Sim, o cupido. Eu avisei que ía ser piroso...

@Lachapelle

O sacana dispara, acerta-nos e estamos não sei quanto tempo a sarar a ferida.

Mesmo as pessoas "invencíveis" têm um calcanhar disponível para a flechada com o Aquiles. Ninguém escapa!!!

A teoria do cupido é perfeita para explicar o "click on" mas não funciona bem para o "click off".
O "click off" não é uma convalescença gradual, como sugere a teoria da flecha, é um instante em que nos apercebemos que o feitiço se quebrou e estamos finalmente libertos!

Não sei se há volta a dar, penso que não. Para mim, para reatar, é necessário mais uma flechada (ou uma rajada delas dependendo do tipo de separação que foi).

Desta maneira é fácil saber até onde devemos lutar numa relação, vamos sempre até ao "click off". Quando é para desistir sabemos... ou melhor sentimos, a maneira de ver a pessoa muda, até pode ficar o carinho mas a química vai-se...

É pena que este fenómeno não seja previsível. Há pessoas perfeitas com quem o click não se dá e há pessoas que são exactamente aquilo que mais detestamos num parceiro e o sacana do cupido decide por-nos à prova.

Por mais que estejamos alerta, com metralhadora em punho para caçar a criancinha com asas e sorriso trocista, ele foge sempre (ou é à prova de bala).

Portanto, rendam-se, não stressem e aproveitem as "flechadas"...

domingo, 31 de julho de 2011

A "quebra do feitiço"

Na fase inicial a paixão é um conto de fadas.
Está provado que a mãe natureza abençoa o início das relações. Como?
No início da paixão o nosso cérebro bloqueia o nosso espírito crítico em relação aos nossos parceiros. Ou seja, ficamos ceguinhos e nada parece mau na pessoa amada.

Passado este período de "transe", o feitiço é quebrado e vem o "stress real" da relação.

Os pequenos hábitos, aos quais no início até achávamos graça, subitamente perdem a piada. Perdemos a vergonha de dizer o que gostamos menos e aparecem as primeiras discussões.... não são bem discussões, chamemos-lhe um "medir forças".

Na verdade, ambos queremos saber o quanto a pessoa gosta de nós - e o que é mais maquiavélico - até onde o nosso querido está disposto a abdicar de coisas por nós.
Não consegui descobrir efectivamente se com os homens se passa o mesmo fenómeno mas pela minha experiência pessoal... sim.... sem sombra de dúvida.
@Helmut Newton

Estará ele disposto a abdicar do jantar semanal com a mãezinha para vir ao cinema connosco? Nós versus "a sogra", em que posição é que ficamos? Quem diz a sogra, diz os amigos, familiares, colegas, cão, gato, periquito, etc. Enfim, queremos saber exactamente qual a nossa posição no ranking de afecto.

Assim, visto de fora, parece óbvio que o mais inteligente seria deixar a coisa ir por si mas no calor do momento não há outra saída, temos que colocar as garras de fora e tirar a coisa em pratos limpos. Quanto mais deixássemos a coisa andar, mais probabilidades de ficarmos bem cotados no ranking... mas enfim...

A quebra do feitiço para mim assemelha-se a um apagar de um fogo... mas em vez de usarmos cobertores, terra ou espuma... utilizamos água.
Faz um vapor de água danado, faz barulho e deixa-nos os olhos turvos.

Na fase de "quebra" são possíveis os seguintes cenários:
- a pessoa está bastante aquém das nossas expectativas e não lhe vemos gracinha nenhuma... a relação fica por ali. Evitamos os sítios onde essa pessoa pode estar e temos uma vergonha secreta de nos termos "enrolado". Culpamos os factores externos como: o álcool, o stress, a ocasião, entre outros maravilhosos e pouco credíveis argumentos.

- a pessoa está aquém das nossas expectativas no afecto que demonstra (no fundo é só uma questão de posição no ranking). É aqui que começam as discussões, lamúrias e chantagens emocionais. Enlouquecemos, tornamo-nos neuróticas possessivas e necessitamos imediatamente de um valente par de estalos. As piores relações começam quase sempre desta maneira.

- a pessoa iguala ou supera as nossas expectativas, continua um certo fogo, digamos uma fogueira. Já não é um fogo potente que encandeia e sufoca mas uma coisa perfeitamente saudável para usufruir do dia-a-dia. Aquece, reconforta mas não chateia. Pode começar a pensar-se num hipotético futuro, porque o futuro até parece risonho. O sorriso nos lábios mantém-se e a sogra até é amorosa.

Aconteça o que acontecer, é na fase de quebra do feitiço que se traça o futuro da relação... Penso, quase garanto, que é importante desenhar este período a régua e a esquadro.

Alguns t.p.c.'s, incluem:
- Anotar as pequenas coisas que com o tempo  se podem vir a tornar um problema - conseguimos viver com elas ou são insuportáveis?
- Avaliar a proximidade do nosso amado com as pessoas que não gramamos nada - vamos conseguir despender essa quantidade de tempo com esse "asno"?
- Determinar o grau de dedicação ao emprego: pressupõe viagens frequentes? muitas noitadas? vive cercado de loiras tentadoras e disponíveis? - estes factores serão dores de cabeça pelo menos 8h/dia.
- Qual o ritmo de vida e os objectivos para o futuro? - caso não tenham objectivos comuns, vale a pena o esforço do ajuste dos nossos objectivos?
- Gosta mais de campo ou de cidade? - ritmos diferentes de vida, a longo prazo, são um grande problema.
- Gosta mais de cães, gatos ou nenhum das anteriores? - porque sim!

Podemos responder com detalhe e rigor a todas as perguntas, avaliar o impacto no futuro e verificar se é uma coisa com a qual podemos "viver com"... mediante algum esforço...

 ... ou então, podemos fazer o que a maioria das pessoas fazem... deitam tudo pelos ares e apaixonam-se pelas pessoas erradas... vezes sem conta, sem qualquer ideia de futuro...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Poupadinhas

Há uma coisa que sempre me fez espécie. Observei este comportamento desde a minha infância mas também é compreensível, cresci com especialistas...

Tanto a minha avó como a minha mãe pertencem à realeza de uma estirpe a que chamo "as poupadinhas".

As poupadinhas são o mais próximo que temos das mulheres primitivas. Agora, em vez de recolherem bagas, recolhem serviços Vista Alegre e copos de cristal. Em vez de preencherem os buracos da gruta, preenchem louceiros e móveis de preciosidades que só vêem a luz dos candeeiros da sala de jantar uma meia dúzia de vezes na vida.

@Annie Leibovitz

Toalhas bordadas à mão, rendas que faziam parte do enxoval... nunca compreendi este conceito...

Mas estes itens melhoravam a qualidade de vida? Não, não é para isso que estes artigos são coleccionados.
As "peças estrelas" não são só objectos decorativos, são "objectos de posse", é importante sentir que os têm mas apenas podem ser utilizados caso hajam visitas em casa ou caso seja um dia festivo.

No dia-a-dia quanto mais se poupar melhor... IKEA serve perfeitamente. Uma dúzia de copos 1 euro? Pode ser... mas para as visitas... luxo e pompa.

Será que querem iludir os outros que "lá em casa é sempre assim"?

... e porque é que as visitas esporádicas tem melhor tratamento que os "clientes frequentes"?
Não devia ser precisamente ao contrário?

Penso com carinho no serviço de talheres de pratas que os meus padrinhos e os meus pais coleccionaram com tanto afinco durante a minha infância. Quando eu queria um bem perecível, como uma barbie, recebia o garfo e faca de peixe!

Neste momento, o fantástico serviço, que ocupa um espaço descomunal, está trancado numa arrecadação qualquer porque não cabe na maioria das casas actuais.
Também não estou a ver muitas mulheres modernas a saírem dos empregos a tarde e a más horas e começarem a arear as pratas...

Prefiro 200 vezes a história do penico de ouro do Gabriel Garcia Marquez... ao menos era usado...

Sem querer dizimar aqui todos os ícones clássicos, outro conceito inexplicável é a "roupa de andar por casa".
Se a casa é onde abandonamos as máscaras e libertamos o nosso verdadeiro eu... porque é que esse "eu" tem que ser maltrapilho?

... Isto nunca se aplica com visitas. Nunca! Para as visitas sempre o nosso "melhor ar".

Se o lema se aplicar: a minha casa é o meu reino, não coroem outra pessoa que não seja vocês próprios.
Vá lá! Toca a abrir a cristaleira e vestir o melhor vestido de noite... a pizza deve estar quase a chegar...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Queres tempo? Dou-te 1 segundo!

Baralha-me a ideia de "dar um tempo".

Numa sociedade em reboliço como a nossa, em que tempo é o bem mais-que-precioso, dar um tempo pode custar mais que diamantes.

Normalmente, as pessoas sensatas dão um tempo. É cool. Mostra maturidade, necessidade de reflexão e uma vontade de organizar sentimentos.
Portanto, tudo o que uma pessoa devia ter: maturidade, atitudes reflectidas e sentimentos esclarecidos.
BRAVO!
... para mim... treta!

Dar um tempo é uma perda de tempo. Tempo, que poderíamos estar a usar para orientar a nossa vidinha... mas não, preferimos ficar em estáticos, em stand by.

Não tenho alma de pudim francês, a noção de banho-maria não me agrada.

Não vou ficar na prateleira, como um ursinho de pelúcia bem comportado, até decidirem se querem continuar a brincar comigo ou se me vão ceder aos "pobrezinhos".

Sou resolvida:
Gosto = Gosto
Não gosto = Não gosto
Gosto = Ando (ou luto por andar)
Não gosto = Acabo (ou não começo)
Não sei = Acabo, se fôr caso disso, volto (ou luto por reconquistar)

Não meto ninguém com a vida sentimental congelada.

@Salvador Dali

Além disso, o que quer dizer "dar um tempo"?
As regras não são explícitas. Em alguns casos envolve exclusividade mas há milhares de pessoas que argumentam que o que fizeram não conta como traição porque estavam a "dar um tempo".

Portanto, se o compromisso "continua activo" ou não, depende da interpretação de cada um.
Muitas vezes (ou quase todas), quem pede um tempo quer exactamente isso... "dar umas voltas" sem ter que abdicar da pessoa com quem estão... honesto... portanto...

Noutras alturas, a sugestão é atirada como uma espada, no meio de uma discussão, (tipo "bluff") e a resposta da outra parte é "talvez seja melhor".
Exactamente o contrário do que a pessoa que lançou o repto pretendia. Engole-se o sapo e liga-se no dia seguinte como se nada fosse, pelo menos até à próxima discussão...

Há também quem não tenha intenções nenhumas de voltar, apenas falte a coragem necessária para mandar a relação para as "pastagens eternas".
Normalmente, nestas circunstâncias, a outra parte agarra-se à ideia de "dar um tempo" com esperança. A esperança de que seja apenas insanidade temporária...

Qualquer que seja o motivo, há sempre qualquer coisa de passivo no conceito de "dar um tempo".
Antes de mais, não se pode lutar enquanto se está a "dar um tempo". Dar um tempo implica distanciamento.

Pessoalmente, eu não estou a ver um filme. Não posso carregar no "pause" e assistir ao resto mais tarde. Estou a viver uma relação e não se "pausa" sentimentos.

Quando se gosta, gosta-se... e temos um medo incomensurável de perder a outra pessoa. Não a deixamos "solta" para que alguém a "agarre".

Quem ama cuida e protege... não se afasta.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Porque é que as mulheres competem umas com as outras?

Porque é que as mulheres competem umas com as outras?

A culpa é dos homens ou das mulheres?

Na minha opinião a culpa (se é que se pode chamar de culpa), é da falta de know-how dos homens!

Ainda não percebi bem porque é que a evolução metrossexual foi travada... mas a nós, às mulheres, dáva-nos imenso jeito que proliferasse.

Se os homens soubessem mais sobre truques de maquilhagem ou de styling, já não entravam em  catatónia sempre que ligam a fashion TV.

Nós, para mostrarmos que não ficamos aquém das top models etíopes, passamos fome, gastamos rios de dinheiro em perfumarias e torramos o cartão de credito em roupas de autor.

Também acuso aqui a falta de criatividade dos homens... porque é que se limitam a ver-nos como somos?

Porque é que não vêem o nosso potencial? É obvio que entre nós e aquela lambisgóia, que insistem em achar o máximo, a única diferença é o tempo que demoramos a sair de casa.
Nós, bem produzidas, somos até bastante mais engraçadas.

@Richard Avedon

Por isso é que as mulheres olham com desdém para as operações plásticas.
É como se fosse uma batota no jogo. No fundo, a única coisa que queríamos era ser avaliadas assim que saímos da cama. Sem make-up, roupa fashion ou trabalho de profissional.

Mas se os homens exigem que sejamos Angelinas Jolies porque é que as mulheres não exigem que os homens sejam Brads Pits?

Os homens julgam pela imagem, as mulheres têm exigências diferentes: estilo, presença, sentido de humor, determinação, etc.

Ainda não consigo perceber bem quem é mais exigente...

Os homens querem namoradas para mostrar aos amigos, as mulheres querem "homens-ostra", onde a pérola é um segredo só delas.

Porque é que nós compactuamos em ser mostradas?

Se todas fizéssemos greve à produção, será que a mania passava?
Havia alguma fura greves?
A fashion TV acabava? A moda acabava?
As mulheres iam-se dar bem para sempre?

... mais importante ainda... Tinha graça?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Racismo

Juro a pés juntos que não me entra o conceito de racismo...
Parece qualquer coisa do género: travar uma locomotiva com... uma pessoa (?)

Nesta aldeia global, o "ser" do futuro será moreno (proveniente de negros e árabes), obeso e flácido (proveniente da cultura caucasiana) e com os olhos em bico (proveniente da raça asiática)...

Qual seria a alternativa? Convertemos o ser humano em "ratinhos de laboratório" em que fazíamos um "isolamento de culturas"... brancos para um lado, pretos para outro, chineses noutro???
Querem travar a tendência??? Então serão a pessoa em frente da locomotiva...

@Lachapelle

Quem quiser que fique nesse mundo, eu gosto de andar livremente de um lado para outro... conhecer pessoas e cultura diferentes. Só isso me faz "abrir os horizontes" mentais em vez de ficar confinada à mentalidadezinha local...

Além disso basta abrir qualquer revista de moda para compreender que as criaturas mais bonitas do mundo provêm de uma grande "salada russa" de culturas.

Pessoalmente, estou-me nas tintas para a cor de pele impressiona-me muito mais a falta de educação. Isso sim tira-me do sério.
... e isso amigos, há em todas as cores e feitios.

A título de exemplo, em Lisboa fujo de todos os grupos de 20 pessoas que usem bonés, calças descaídas e que andem a gingar as ancas com a atitude "é tudo nosso".
O que querem?
Faz parte da evolução. Sei que passar ao pé deles a probabilidade de ser assaltada ou coisas piores é muito superior à média comum.

Também não me agrada passar ao lado de um grupo de "meninas da linha" porque sei que vou levar com aqueles olhares tipo "scan" que oscilam entre inveja, cochicho e risadas histéricas.
"Meninas da linha" é um tom de pele?

Para mim racismo assenta em critérios de comportamento, ponto.

Distinguir alguém pela "embalagem" é tão redutor como o comportamento das "meninas da linha". Para quem quer ser assim... força! Preparem-se é para levar com todo o meu "racismo"...

PS: ... e não me venham com merdas de não se diz "preto", eu sou caucasiana e toda a gente me chama "branca", inclusive já vi escrever no telemóvel "Alexa Branca" :P

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Reality will kill me

Para uma romântica inveterada como eu, nada me tira mais da "onda cor-de-rosa" do que uma boa dose de realidade.

Com tanta coisa real na vida, o emprego, as contas, as hipotecas, etc. quem precisa da realidade no amor?
Passamos 8 ou mais horas com pessoas que nos calham na rifa para trabalhar mas aquela pessoa com quem consumimos a cabeça a arranjar, afinar, conquistar e manter, umas parcas 3h por dia (se tanto).

Imaginem que essas míseras 3h são perdidas com máquinas de roupa, quem vai aos correios amanhã ou quem é suposto lavar a loiça... onde fica o espaço para o romance?
No estendal, nas burocracias e na pia?

Acho preferível comerem menos vezes fora e investirem o dinheiro numa empregada doméstica.
Conselho de amiga, não é "dondoquice", é uma necessidade real para salvar a relação.

Se cada vez que estivermos com os colegas de emprego falarmos de coisas "intelectualmente estimulantes" e cada vez que estivermos com o nosso "princípe encantado" falarmos de trivialidades, porque é que não escolhemos o primeiro que nos aparece?

Tantas horas a tentar decifrar quem é o tal, tanto choro, tanta discussão e depois da conquista queimamos o tempo a atirar a relação para o plano das tarefas domésticas e para o reino das coisas sem importância.

Para mim, o momento em que metemos a chave na porta é o momento em que depositamos as armas e deixamos cair a máscara.
Longe das guerras do dia, as mulheres podem transformar-se em Vénus e os homens em Adónis.
Já imaginaram a Vénus a dizer: "querido, vais estender a roupa?" ou Adónis, na sua esplêndida forma física, a insistir que lavou a loiça ontem e que hoje é a vossa vez?


Quem prefere receber um telefonema a meio do dia para passar pela lavandaria em vez do piroso "I just call to say I love you"?

Bah para afazeres! Tenho milhares de "to do lists" para provar que sou uma mulher real, com preocupações reais. Quero (bem à moda de Marion Zimmer Bradley) encarnar a deusa e libertar o alucinante mundo da fantasia.
... que se empilhem os pratos sujos, que a roupa limpa se esgote mas que a paixão reine no sítio onde sou somente eu, sem nenhum recurso ao artifício.

@David Lachapelle


Deixem-me lá brincar outra vez, como na infância, aos castelos na minha casa... ninguém de fora vai descobrir.
Imaginem o meu gozo quando chegar ao emprego no dia seguinte e encarar os meus colegas de trabalho... posso pensar para mim "vocês não sabem mas lá em casa sou uma princesa e vivo com um príncipe! Agora voltem a teclar no vosso computador e sintam-se importantes... Ahahah".

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A luta é alegria?

O conceito de luta para que uma relação singre ainda me confunde. Não se iludam, sem um nadinha de espírito de sacrifício e alguma persistência, não há relação que se aguente.

É um ponto assente que o primeiro instinto de atracção do sexo masculino está relacionado com sexo. Uma vez por outra apaixonam-se... nesta fase até são bem capazes de fazer um esforço extra no processo de cortejamento.

@ Phillipe Halsman

Quando os problemas surgem, quais ratos, são os primeiros a abandonar o navio. Todas as juras, promessas e confissões não valem o tempo que se dispendeu a dizê-las.

Fui educada no ideal que os homens são fortes, estáveis e determinados. Capaz de derrotar inimigos e conquistar mulheres sempre com a mesma avassaladora convicção.
Às mulheres cabia o papel de seres sensíveis e emocionais, que choram a ler o "Monte dos Vendavais" e têm crises de temperamento.
As mulheres choravam, os homens não...

Hoje em dia os homens choram e isso fez com que ficassem confusos sobre que papel ocupar sentimentalmente. Choram... mas em surdina, escondidos do mundo. Quando o fazem em frente de uma mulher, sentem que têm que ser desculpados de tudo. "Pronto, conseguiste, estou a chorar! Agora cala-te, por favor."

Do papel inicial, não resta nada. Já não nos protegem e já não compreendem as nossas fragilidades sentimentais.
Não procuramos bruta-montes, até porque esses falham redondamente na tarefa de nos compreender. Não procuramos um homem que só nos compreenda... porque esse é normalmente gay.

O que é que as mulheres procuram num homem?
Procuramos somente homens sensíveis que lutem pelo que acreditam. Se nos amam, arregacem as mangas e sejam consistentes. Se as mulheres se perdem em dúvidas e devaneios emocionais, cabe aos homens manterem a fibra e não perderem o Norte.
Lutámos pela igualdade de direitos, não pela igualdade de sentimentos. Somos diferentes e neste momento o que nos atrai também é o que nos repele.

Não considero este ponto de vista nem feminista... nem machista. Trata-se apenas de um reajuste sentimental em relação ao novos papéis sociais... de ambos os sexos.
Os homens já não saem para caçar, as mulheres já não ficam a recolher bagas. Temos as mesmas ocupações... e são as nossas relações sentimentais sofrem com isso.

Os homens já não lutam pelas mulheres porque acham que isso está obsoleto, porque os coloca numa posição frágil e quem sabe, até os pode fazer chorar.

Curiosamente, no meio da tempestade emocional, a sociedade criou Scarlett O'Hara's, masculinos de quarenta ou trinta anos, que preferem compadecer com o orgulho, refugiar-se em medos e sofrer de dentes cerrados, do que entrar na batalha de peito aberto.
Preguiça? Orgulho? Falta de coragem? Falta de determinação?... não sei bem...

Neste momento, só as mulheres, no seu novo papel de mulheres-faz-tudo, lutam pelo o que sentem. Não se acobardam, porque cobardia é algo não permitido às neo-mulheres.
... é que aqui que a coisa corre mal...

Primeiro, continuamos (por mais que nos custe admitir) emocionalmente frágeis.
Segundo, por ainda procuramos um homem à antiga, uma criatura que nos proteja e lute por nós... e havemos de continuar assim para sempre... até descobrirem o cadáver mumificado de algum... algures no pólo Norte...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Carrinhos-de-choque sentimentais

Temos todos um nadinha de bruxos no que se refere a relações sentimentais.
Principalmente no início, há sempre duas perguntas a correr em background na nossa mente "será que isto vale a pena?", "será que isto vai resultar?".

Quanto mais "escaldados" estamos, mais estas perguntas se tornam sonoras. Quem disser que não... mente com todos os dentes.

Escusado será dizer que à mínima desconfiança ou palavra mal escolhida, as sinetas de alarme disparam e um risinho irónico ecoa na nossa cabeça... "eu bem te avisei, sua idealista tonta".

Quanto mais a nossa vida e idade avança, mais temos a perder, logo, mais fortes as vozes internas se tornam.... até ao ponto limite, onde nos tornamos imóveis por medo.

Começar uma relação tem muitos prós e demasiados contras.
O estado inicial de paixão é idílico, não há defeitos, só há virtudes e uma demência sã. Depois há a partilha de experiências, a necessidade de viver experiências em conjunto, as juras eternas de amor, as promessas que vamos escutar, vamos fazer, vamos compreender... tudo prós, portanto.

Há também o lado obscuro dos contras, é preciso encaixar, logo, há que limar arestas em ambos.
Mas quando já vivemos demasiadas relações, ainda conseguimos limar alguma coisa? ou já estamos vencidos pela erosão?
Se passarmos a vida a limar arestas não acabamos em pó?

Por isso, é que no meio deste "encaixe", há uma guerra surda-muda em mantermos a nossa personalidade. Há pontos de não-concessão e há defeitos da outra pessoa que ela interpreta como traços de personalidade.

Até onde abdicar?
Rejo-me pela regra do "meu" bom-senso. Abdico até ponto onde não comprometo a minha felicidade. É por isso que mudo de relações, é por isso que me apaixono e me desapaixono... para ser feliz.
Se isto for posto em causa, negócio fechado...

Quando tentamos encaixar à força criamos feridas. Não é bem uma tentativa de encaixe... é mais uma colisão. Com o tempo algumas mazelas tornam-se tão profundas que qualquer cicatrizante, vindo da criatura com quem estamos, se assemelha mais a sal que outra coisa qualquer.

... e é aqui que a maioria dos trintões e quarentões se encontram, a colidir caoticamente com as pessoas que cruzam as suas vidas, na esperança que algum encaixe por milagre.

@ Jaques Henri Lartigue

Cada vez nos magoamos mais e cada vez recorremos menos à lima.
Os pontos de não-concessão aumentam e as vozes desconfiadas ganham megafones.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Qual a cor do Viagra para impotência sentimental?

Digo-vos de caras, é impossível manter uma relação com um egocêntrico.

Estranho, para uma pessoa como eu, que acha que tudo vale a pena, dizer-vos desistam à priori, parece fora de personagem...

Um egocêntrico é como um homem casado há 10 anos com filhos, está demasiado envolvido numa relação... a relação promíscua que mantém com o seu próprio umbigo.

Esqueçam, até podem vestir o 32, continuam a ser demasiado grandes para caberem na vida dele. Não há dieta que vos valha, nem personalidades demasiado apaziguadoras que consigam vencer o amor que eles nutrem por si próprios.

Qualquer outro defeito, com mais ou menos esforço, é ultrapassável. 
Até a impotência sexual tem o famoso comprido azul, agora, não há comprimido, de cor nenhuma, que vença a impotência sentimental.

A flacidez com que gerem as relações é assustadora e intransponível. 
Eles nunca vão sair deles próprios e colocar-se nos vossos sapatos. 
Para quê? 
Eles já estão no nirvana. 
Descobriram a perfeição assim que se aperceberam o quão abençoados foram pela natureza com o seu carácter fora de série e a sua verdade inquestionável.
Qualquer outra pessoa está obviamente errada, baralhada e parva se não tiver uma opinião semelhante.

Lutar e pedir desculpa? Para quê?
Para eles vocês nunca têm razão, daí não verem a necessidade de o fazerem. Lutar implica dispêndio de energia, energia essa, que seria muito bem empregue na sua atribulada vida.

@Mapplethorpe

Por mais que dêem romance, amor e dedicação nunca vão ser devidamente apreciadas.  Para quem sofre de uma inabalável auto-estima, isso é o mínimo que podem fazer por eles. Não há retribuição... nem gratidão...

Penso que um egocêntrico devia viver ao ar-livre, seria a única maneira de eles e o seu ego conseguirem coabitar no mesmo espaço. 

Viver com um egocêntrico é como ser um cão de porcelana numa casa de emigrante. O vosso papel é somente decorativo e nem direito têm a abanar a casa como os caezinhos dos carros... a não ser que seja para dizer que sim, é claro...

Não podem interferir em nenhuma das suas rotinas ou dividir espaços. As únicas coisas que podem alterar serão sempre em seu próprio proveito.
 Yes, my dears, não contem que ele vos dê espaço de roupeiro...

A laranja mais bonita da casa não é vossa... e as princesas, em vez de serem vocês, é ele...

Ainda consigo compreender o fascínio das mulheres por escroques. Pensamos que os podemos mudar, converter e eles até nos podem tratar intimamente bem....
.... agora egocêntricos? nem pensar...

Seríamos princesas? Sim... a princesa Diana de Gales, sempre com a Camila por perto...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Desconfiança: amiga ou inimiga?

Está mais que provado que os "baques" que a vida nos prega desenvolvem e alimentam a nossa desconfiança natural.

A desconfiança é uma espécie de "anticorpo sentimental". Tem a função daquela borracha em torno dos carrinhos de choque.
Amortece o impacto de mais uma desilusão amorosa e torna-nos criaturas de corações em banho-maria, deixamos de estar quentes ou frios... ficamos sempre tépidos.

Temos aquela ansiedade para antecipar as pseudo-tragédias, para sentirmos que ninguém nos faz de parvos ou que não estamos a perder o nosso tempo.
Entramos nas relações, não com um pé atrás mas com dois... quantos mais tivéssemos mais usávamos...

Porreiro por um lado, se vier daí más notícias... estamos preparadíssimos!
Vivemos a nossa vida (dita adulta) como escuteiros: sempre alerta!
A energia utilizada neste processo todo é gigantesca. É como se sofrêssemos de tristeza preventiva... sofremos antes do sofrimento propriamente dito.

Os eternos optimistas levantam neste momento o dedo e assinalam o óbvio: não será isto sofrer em duplicado?

@Pierre et Gilles

Pessoalmente penso que não se trata bem de sofrer em duplicado, é mais um "sofrer às prestações". Em vez de sofrermos tudo de uma vez num curto espaço de tempo, vamos sofrendo aos pouquinhos (porque há sempre a esperança que seja somente fruto da nossa imaginação) durante um período maior.

Até aqui depende tudo de gosto pessoal.
Para não me acusarem de fugir com o rabiosque à seringa, assumo que por mim prefiro tudo de uma vez e só se passa por isso uma vez.
Como analogia, quando tive que arrancar os quatro sisos em cirurgia, tentei convencer o cirurgião a arrancar-mos todos de uma vez! Infelizmente, ele explicou-me que era impossível, teria que arrancar um lado de cada vez porque  era necessário um lado "são" para mastigar alimentos... preciosismos.
... uma vez só, fulminante, mas depois de passar não se fala mais nisso... não se rumina a experiência.

... mas para mim o cerne da questão nem é esse. O facto de vivermos desconfiados não provoca na "coisa" uma morte prematura?
Se... no cenário mais hipotético do mundo... vivêssemos sempre como patetas inocentes, não esticávamos a quantidade de experiências positivas?
... e isto já não tem nada a ver com gosto pessoal...

Será que os "calos" sentimentais que vamos desenvolvendo durante a vida não serão mais "espigões" que se vão cravando cada vez mais fundo?

Ok, tem material de discussão para a próxima sessão de pedicure.

sábado, 23 de abril de 2011

Os problemas sexuais comovem-me!

Comovi-me e voltei a ter fé nos homens ao ler um spam mail.

Por descargo de consciência, tenho sempre a mania de ver por alto o spam mail antes de mandar directamente para o lixo.

Sinceramente, fico sempre surpreendida com o número de mails que a Angelina Jolie me envia e com o quantidade de pessoas que quer que eu aumente o tamanho do meu pénis.

Mas houve um mail, no meio de centenas deles que prometem vencer as leis da física e acrescentar uma dezena de centímetros ao tamanho do... que me despertou interesse.

O subject era: "make her come again and again and again" (em estrangeiro), "faça-a vir outra vez, outra vez e outra vez" (ou qualquer coisa semelhante na nossa língua). Se dissesse "arranje motivo para se gabar aos seus amigos" teria passado por ele sem lhe dar importância.

O facto de o alvo do mail ser proporcionar prazer à companheira era enternecedor, altruísta e nobre.

@Ruven Afanador

Ok, ultimamente as coisas não têm corrido bem com o sexo oposto, portanto a minha imagem dos homens não é das mais optimistas. 
Para mim, são egoístas e egocêntricos. Só pensam no prazer próprio por mais que jurem a pés juntos que não... assim que a coisa começa a dar para o torto, quais ratos, são os primeiros a abandonar o navio... Sim, crise de solteirona... ou sim, talvez tenha conhecido os homens errados...

Portanto, esta visão do "they care" deu-me de novo esperança, comecei a crer que o meu desencantamento era só da crise emocional.

A minha visão de um homem com problemas sexuais é a seguinte: homem e mulher na cama com um elefante, ele diz "qual elefante?" e ela finge que não vê nada... "vamos chamar um tratador do zoo?" - "que disparate, isso só fazia sentido se houvesse aqui algum elefante". Fim da história. Não se fala mais desse assunto porque ALGUÉM pode ficar traumatizado.

Depois do mail, o ALGUÉM mudou de protagonista e voltei a achar que as relações são possíveis e bi-direccionais. VIVA a Enlargement pils Free Sample e o seu Pros Viagra!!

Fiquei tão feliz que calcei os sapatos para sair e tentar encontrar o Mr. Wonder. 
Descalcei os sapatos.
Lembrei-me que 70% das pessoas que compram produtos do género são mulheres.
Bom, sobram 30%, admitindo que destes 20% só querem gabar-se aos amigos, sobram 10%.... metade são gays.... 5%! 
5% da população mundial é a nossa chance de encontrar alguém que valha a pena!
5%!
não será mais fácil dirigimo-nos ao grupo dos 70%??

domingo, 17 de abril de 2011

O Mr. Big está fora de moda...

Ao observar o meu grupo de amigas constatei a seguinte realidade: os homens, a longo prazo, estão lixados...

Ora vejamos, contam-se pelos dedos da mão a quantidade de amigas minhas que andam com homens mais velhos.

Tudo bem, a Cameron Diaz e a Demi Moore foram as pioneiras mas a moda colou melhor que as skinny jeans... e num instante... homens mais novos estão "in".

Freud deve explicar isto, sim... acho que deve ter muito a ver com sexo! Aliás, tudo a ver com sexo...
Os homens atingem o seu pico sexual aos 20's mas as mulheres atingem o seu "pico" muito mais tarde, dizem que por volta dos 40's... Até penso que não se trata bem de pico...

Sua defensora de que quando uma mulher passa a fasquia dos 30's dá-se um momento de magia... subitamente deixamos de dar tanta importância à opinião dos outros e assumimos-nos tal e qual como somos. Simplesmente, deixamos de pedir desculpa pelo o que somos... com os nossos defeitos e virtudes, fazemos as "pazes internamente"...

Portanto, os complexos dos 20's: a barriga que não é perfeita, as ancas que são demasiado largas, etc. Parecem problemas demasiado fúteis para nos fazer apagar a luz nos momentos de intimidade.

Por sua vez, os homens que nos 20's nunca se debateram com complexos, começam a perder cabelo, a ficar com cabelos grisalhos, a desenvolver a famosa barriga e a aguentar pouco minutos com ar... nos jogos de futebol "solteiros versus casados" (ou "ainda casados" versus "finalmente divorciados")... e não só... claro!

@ Richard Avedon
Existe outro grande problema... andar com quarentões engorda: o número de jantares fora aumenta consideravelmente e o "exercício físico" diminuí... tudo o que uma mulher não quer ouvir.
Quem, com 20 anos, se preocupa onde se vai jantar? Qualquer sítio serve ou arranja-se qualquer coisa pelo caminho, aos quarenta esse assunto torna-se muito, muito sério.

Penso que os quarentões já se aperceberam que a história do vinho do Porto não cola, até porque já não se fazem assim tantos barris de nogueira.

Já perdi a conta à quantidade de homens na casa dos 40 que de repente começaram a fazer desportos radicais.
(Vou ser morta por estar a escrever a isto mas...)
A nova versão de crise de meia-idade já não tem nada a ver com carros desportivos vermelhos... é mais surf, kite-surf, rappel, calças Diesel, ténis Nike e por aí adiante...

Aliás, há marcas que devem viver exclusivamente da vontade de homens quarentões voltarem aos trinta de novo... p.e. Diesel, Pepe Jeans, entre outras marcas supostamente "radicais" e caras...

Mas estes "truques" já não convencem as mulheres modernas... não, e uma espécie de vendetta dos tempos em que homens, aos 40's, trocaram as mulheres por raparigas de 20's... de uma forma casual estamos a fazer justiça e a honrar a dignidade das nossas mães.

Já não há nenhum olhar apreensivo quando alguma amiga nos diz: ele tem menos 6 anos... já é perfeitamente banal. Quanto muito, a única coisa que se ouve é: "ele é giro?".

Como já não dependemos de homens, portanto, eles podem assumir apenas o papel recreativo... ai ai "toy boys"...

sábado, 9 de abril de 2011

The quest for the holy grail...

(post estupidamente pessoal)

No outro dia estava a ter uma conversa deliciosa com um amigo sobre a busca da alma gémea.

Ele defendia, com alguma razão, que a meio da casa dos trinta estava feliz por ainda não ter encontrado a alma gémea.
Deste modo tinha tempo para conhecer imensas pessoas até finalmente assentar e construir família com a mulher dos seus sonhos.
Para além do facto, de que com o tempo, vamo-nos aperfeiçoando e vamos ganhando experiência de vida. Portanto a nossa alma gémea só tem a ganhar, vai ficar connosco numa versão avançada... eu - versão 2.0...

@Lachapelle

Tenho que admitir que é verdade, sou indiscutivelmente mais interessante como pessoa hoje do que era quando tinha vinte anos. Sei mais coisas, já passei por mais situações que me deram mais experiência para lidar com problemas diferentes, já tenho mais certezas sobre as coisas que quero e sou mais independente.

Racionalmente acho o argumento inquestionável mas emocionalmente nunca consegui pensar assim, porquê?
Qual é a minha pressa para encontrar a minha cara-metade? Será que, por mais que me custe admitir, não quero estar sozinha?

Acho que só consigo explicar este facto com a seguinte analogia, uma vez fui viajar para Roma sozinha durante 10 dias...
Visitei tudo o que havia para visitar.
Não há muita gente disposta a acordar às 7 horas da manhã, andar sem parar até à meia-noite e visitar todos os pontos de interesse que o lonely planet aconselha...
Em termos de timings foi maravilhoso mas quando via qualquer coisa interessante queria virar-me para o lado para comentar com alguém... e não estava lá ninguém.

Isto ilustra bem a nossa "quest" pela alma gémea. Podemos viver coisas interessantes, conhecer pessoas giras, aprender coisas novas... mas também queremos virar-nos para o lado e comentar com alguém as coisas maravilhosas que vamos assimilando...

Não é nada de pejorativo, nem ficamos menos "modernos" por precisarmos de alguém... só mostra que somos humanos e que nascemos para sermos sociais... e que somos animais e precisamos de alguém que nos "afague o pelo".
Continuamos "modernos" mas com "quests" antigas...

sábado, 2 de abril de 2011

Maminhas para que vos quero!

Não são só os homens que têm problemas com os tamanhos. Com as mulheres existe um problema semelhante, qual o tamanho ideal de peito?

Nunca, em tempo algum, vamos ouvir um homem orgulhosamente a afirmar que tem um pénis pequeno. Para os homens, os pénis têm que ser enormes, mesmo que para isso tenham de mentir ou cair em publicidade enganosa.

As mulheres já não são assim consensuais no que se refere ao seu problema métrico. Há mulheres que adoram o seu peito pequeno, mulheres que invejam o peito pequeno das outras, peitos enormes (orgulhosamente espetados para fora) e quem compre um peito maior.


No nosso caso, há varias opções e não apenas uma...

Se se concedesse a um homem um dia para ser mulher, o tamanho de peito escolhido para a "encarnação" seria DD.

Aliás, acho que o peito das mulheres para os homens cai na categoria "PlayStation". Um brinquedo desenvolvido para crianças com o qual os pais brincam mais que os pequenos...

Há quem defenda que o tamanho ideal de copa ideal é C. A maioria das mulheres usa copa B, portanto, acho que este ideal só existe para nos tramar.

Pessoalmente, adoro peitos pequenos. Dão muito menos trabalho... Podemos pular à vontade que nada "chocalha". Dá mais jeito para correr, fazer desporto, ir à praia, etc.

Ok, admito... peitos comprados são esteticamente perfeitos! Era preciso que uma mulher nunca tivesse estado na posição vertical na vida ou vivesse na lua (onde a gravidade é ínfima), para produzir um peito que desafiasse tanto a lei da gravidade sem ceder!
Na guerra ciência versus natureza, o silicone bate a lei da gravidade aos pontos!

Também já me vieram com o argumento que o peito "falso" é esquisito ao toque... Como se os membros do sexo masculino, em alturas de "tensão", fossem assim tão sensíveis a essas coisas...

Se eu comprava um par de maminhas novas? Para já nem pensar, as minhas servem perfeitamente, prefiro gastar os meus euros em viagens ou roupas de autor... no futuro, depois da maternidade (por exemplo), reavalio a situação...

Para alguma mulheres, peito grande é "ordinário". Isto porque, quem o tem (ou quem o pagou) não se coíbe de o mostrar... o que pode provocar uma grande desvantagem competitiva para quem não possui os mesmos recursos. Penso que é só por isso que se queixam...

Dizem que o facto de os homens gostarem de peitos grandes é uma questão biológica. Supostamente, uma mulher com peito grande tem mais aptidão para  alimentar os futuros rebentos do casal, do que uma mulheres com peito pequeno..

Ora, se é piada comum que os homens preferem as loiras, há algum estudo que prove que as loiras têm mais filhos que as morenas?

Eu cresci sem leite materno e transformei-me numa rapariga robusta e sadia! Portanto, copas B que por aí andam, sosseguem os vossos parceiros, porque:
1. A média de filhos por casal, actualmente, é de 1,5, em vez dos 12 de antigamente...
2. O leite artificial também produz belos rebentos!

domingo, 27 de março de 2011

Queres a verdade ou algo simpático?

A maior mentira do mundo é que queremos sempre ouvir a verdade...

Há verdades que doem como espadas. Nesses casos, por mais que custe a admitir à maior parte das pessoas, ninguém quer a verdade mas sim um ponto intermédio a "verdade que queremos ouvir".

Torcemo-nos e rezamos para ouvir as melodiosas palavras de uma caridosa e simpática mentira, dita com a pompa de uma verdade.

Mais uma vez, o tom de voz conta! A maneira como a mentira nos é posta tem que ter a certeza e a determinação de uma verdade.


Para os mais crentes (ou para os optimistas), o tom de voz nem tem que ser tão certo assim, pode ser dita de qualquer maneira e a imaginação e a ingenuidade tratam de limar as arestas.

A verdade é como uma faca, não há volta a dar-lhe, agora uma mentira graciosa quase nos conforta, nos afaga os cabelos e até nos puxa o cobertor para cima nas noites de inverno.

Nestas mentiras quase podemos tirar um moral da história, da verdade só conseguimos tirar amargura.

Pondo em prática, queremos mesmo saber que o nosso parceiro deu uma facadinha?

Em público respondemos que sim sem pestanejar mas secretamente... Não é bom acreditar no romance perfeito?

E se soubermos? O que fazemos com essa informação?
Temos a verdade e...?!?! Temos direito a uma medalha de latão e a um coração em frangalhos...

Dizem que só os loucos são verdadeiramente felizes... lá está...
Para um louco, o que vale a verdade? Exactamente o mesmo que uma anedota...

... e afinal quem é mais louco? Quem se consome com entoações e pela busca da verdade mais cruel ou quem se ri disso tudo??