... decidi deixar as lavandarias, supermercados, máquinas de roupa e gestão da limpeza profissional trancada na respectiva casa de cada um.
As parcerias sentimentais devem ficar apenas com as partes recreativas e românticas.
Bem sei que isto é uma ideia utópica e que na prática as coisas não são assim tão harmoniosas.
Após alguma prática, reparo que uma das casas acaba por se tornar o dormitório de eleição e a outra, com o tempo, fica apenas com a função de roupeiro.
@Afanador
Também há um factor importante a ter em conta, o custo financeiro do capricho, seria efectivamente mais económico fazer a fusão dos leitos... mas não se esqueçam de considerar o impacto da “desfusão” se a coisa der para o torto....
Ainda há o factor impensável, que na prática será o que incomoda mais, o factor “roupa interior”. Por alguma lei oculta do universo, a casa em que fiquem será sempre a que não tem roupa interior lavada... acreditem, uma espécie de lei de Murphy da existência moderna.
Sem falar do facto que para as ladies, o tamanho das vossas carteiras terá que aumentar consideravelmente. Terá de albergar o famoso necessaire de higiene, com as pilhas de cremes e makeup sem as quais não se faz uma mulher...
... mas mesmo com estes contras, imaginem o quão libertador seria para as relações se apenas se assentassem em critérios lúdicos. Esqueçam as coisas comezinhas e mesquinhas que matam o reino idílico das relações actuais.
Já não nos basta a crise económica?
A ginástica necessária para conseguirmos encaixar uma vida sentimental nas nossas vida pessoais?
Ainda temos tempo para decidir na vida de quem é que levar o gato ao veterinário terá mais impacto?
Uf, demasiada realidade para algo tão frágil.
Ah! Há outro senão.... com o qual me deparo recentemente... Ainda há tarefas em que a presença masculina é necessária. Por exemplo, descobri que sou ansiosa de mais para manipular um martelo, não sei desentupir um cano, não tenho a força necessária para uma data de tarefas, etc.
Tenho uma solução brilhante para este problema. Em vez de convertermos o nosso parceiro no “Senhor da Bricolage”, alugamos o parceiro de uma amiga. Dois-em-um. Lucramos com a relação e não passamos a ver o alvo do nosso afecto a praguejar com luvas de borracha e a gritar connosco.
Assim, as mulheres fariam uma espécie de permuta entre elas, cada uma alugava os parceiros das outras. A longo prazo este factor até poderia por exemplo, acabar com a velha história do rapaz que foge com a melhor amiga da namorada... A falta de glamour das luvas de borracha aniquila qualquer tensão sexual.
Por isso tornei-me adepta das relações “joystick”, relações que servem apenas para a parte divertida da vida.
Amor? Sim.
Relação? Sim.
Cabana? Duas, sff.
Espero criar novos adeptos!
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