quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Compromisso? Opss!

Compromissos?
Os únicos compromissos que se assume hoje em dia são hipotecas bancárias.

A meio dos 30’s, a palavra “compromisso” despoleta uma relação pavloviana. É como se mentalmente alinhasse os ex’s por ordem cronológica e apenas se visse os pontos onde as relações falharam.

Nunca comecei uma relação comprometendo-me após o primeiro beijo...Quer dizer, comecei uma relação que a única coisa que peço é que Deus ma leve da memória o mais rápido que conseguir.

@afanador

Mas que compromisso é que querem de mim?

Que vai durar para sempre?
Não vai, a única garantia que temos quando começamos uma relação é que eventualmente acaba. O período pode variar, mas está mais que sabido que nada é para sempre.

Que vou gostar exclusivamente dessa pessoa?
Provavelmente até vou... mas quantas pessoas é que não olham para os parceiros e pensam “não tem nada a ver com a criatura com quem comecei a namorar”? ou pelo menos com a ideia que fizeram dela?

Como é que me consigo comprometer com uma pessoa que ainda nem conheço?
Passo um cheque em branco à personalidade e gramo o que me sair na rifa?
Desculpem, gosto de ter algum controlo nas coisas que me acontecem e isso não é bem o meu género.

As pessoas vão ficando juntas porque dão apreço à companhia da outra. Vão ficando até deixarem de dar apreço, não se iludam... não há papel ou “compromisso” no mundo que faça o contrário nos dias de hoje.
Quando as pessoas estão mal têm o óptimo hábito de se mudarem.

Somos todos guerreiros sobreviventes de inúmeras batalhas sentimentais, mais ou menos ocultas. Não procuramos enfermeiros que nos curem, mas cirurgiões plásticos que “mascarem” as cicatrizes.
Perdemos o Norte e deixámos de saber o que procuramos nas relações, porque aprendemos a viver somente connosco. A “outra” pessoa passou a assumir um papel mais decorativo do que funcional.

Precisamos de compromissos?
Para quê definir o itinerário se ainda nem sequer sabemos o destino?
Sosseguem e aproveitem a paisagem... enquanto dura...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cheiras-me bem?

Uma das coisas que tenho mais sensibilidade é ao cheiro.
O olfacto decide a base da minha vida sentimental, se não me cheira, não avanço...
Há pessoas cujo cheiro nos dá um click automático por mais imperfeitas que sejam e pessoas fantásticas que não nos cheiram a nada.
Se não nos cheira, não há relação possível. Portanto, entre duas pessoas, escolhemos a que nos cheira melhor, independentemente se é a mais acertada ou não.

Em termos sexuais, às vezes só o cheiro é necessário para nos colocar automaticamente em disposição.

@lachapelle

Tenho a teoria que, as pessoas são uma mistura de vários sub-cheiros. Se usar perfume, este é garantidamente o cheiro predominante. Contudo, um perfume no frasco vai reagir na pele de cada um de forma diferente.
Não concordo nada com a ideia de que se deve mudar de perfume cada vez que a nossa actriz preferida faz uma nova campanha ou quando mudam as estações.

As pessoas que não usam perfume, perdoem-me, mas cheiram maioritariamente a amaciador de roupa, peço desculpa mas é verdade.
Tive um caso em que após o meu Lover trocar de amaciador de roupa, eu perdi a química. Não digo que seja mau não usar perfume, afinal de contas, todas as peças passíveis de irem à máquina de lavar ficam com o mesmo cheiro. Os lençóis, por exemplo, ficam a cheirar à pessoa, o que acaba por ser sexy.

Outra coisa que me causa impressão é quando decidimos pernoitar na casa de um homem e no dia seguinte, quando decidimos ir tomar banho, reparamos que só existe gel de duche masculino ou desodorizante masculino.

Se alguém nos perguntar "ficaste em casa ontem à noite?", com que cara é que respondemos que não com um "cheiro a musk" a sair por todos os poros?
Não dá para disfarçar, sorry. Há homem ao barulho e ponto final.

Uso o mesmo perfume desde os 14 anos. Está entranhado na micro-fibra de todas as coisas que me rodeam é a minha "trademark".
Tenho orgulho que me digam, ao cheirarem o meu fraco de perfume, não parece nada o teu cheiro.
Quer dizer que, a minha pele absorve o perfume e converte-o num cheiro exclusivamente meu. (Secretamente, acho que é a mistura de cheiro de perfume com cheiro de tabaco, mas é lisonjeador na mesma).

Portanto, invistam no vosso cheiro, na vossa impressão digital olfaltiva, uma vez que é o vosso cartão de visita relacional.
Peguem e processem os vossos cheiros entre: perfumes, desodorizantes, body milks, cremes estéticos, detergente de roupa, etc, para criarem o vosso cunho pessoal e captarem a atenção de muitos narizes circundantes.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Relações Joystick

Após anos a assassinar relações com problemas domésticos e logísticos... que enviam qualquer relação para o domínio dos "roommates" e matam qualquer magia que possa surgir...
... decidi deixar as lavandarias, supermercados, máquinas de roupa e gestão da limpeza profissional trancada na respectiva casa de cada um.

As parcerias sentimentais devem ficar apenas com as partes recreativas e românticas.

Bem sei que isto é uma ideia utópica e que na prática as coisas não são assim tão harmoniosas.

Após alguma prática, reparo que uma das casas acaba por se tornar o dormitório de eleição e a outra, com o tempo, fica apenas com a função de roupeiro.

@Afanador
 
Não há qualquer problema neste ponto, se a casa não for a nossa, em cada acordar sentimo-nos sempre a “estrela convidada” e as funções de lavar a loiça do jantar, podem sempre ser feitas por um duende qualquer, que pouco nos interessa.

Também há um factor importante a ter em conta, o custo financeiro do capricho, seria efectivamente mais económico fazer a fusão dos leitos... mas não se esqueçam de considerar o impacto da “desfusão” se a coisa der para o torto....

Ainda há o factor impensável, que na prática será o que incomoda mais, o factor “roupa interior”. Por alguma lei oculta do universo, a casa em que fiquem será sempre a que não tem roupa interior lavada... acreditem, uma espécie de lei de Murphy da existência moderna.

Sem falar do facto que para as ladies, o tamanho das vossas carteiras terá que aumentar consideravelmente. Terá de albergar o famoso necessaire de higiene, com as pilhas de cremes e makeup sem as quais não se faz uma mulher...

... mas mesmo com estes contras, imaginem o quão libertador seria para as relações se apenas se assentassem em critérios lúdicos. Esqueçam as coisas comezinhas e mesquinhas que matam o reino idílico das relações actuais.

Já não nos basta a crise económica?
A ginástica necessária para conseguirmos encaixar uma vida sentimental nas nossas vida pessoais?
Ainda temos tempo para decidir na vida de quem é que levar o gato ao veterinário terá mais impacto?

Uf, demasiada realidade para algo tão frágil.

Ah! Há outro senão.... com o qual me deparo recentemente... Ainda há tarefas em que a presença masculina é necessária. Por exemplo, descobri que sou ansiosa de mais para manipular um martelo, não sei desentupir um cano, não tenho a força necessária para uma data de tarefas, etc.

Tenho uma solução brilhante para este problema. Em vez de convertermos o nosso parceiro no “Senhor da Bricolage”, alugamos o parceiro de uma amiga. Dois-em-um. Lucramos com a relação e não passamos a ver o alvo do nosso afecto a praguejar com luvas de borracha e a gritar connosco.

Assim, as mulheres fariam uma espécie de permuta entre elas, cada uma alugava os parceiros das outras. A longo prazo este factor até poderia por exemplo, acabar com a velha história do rapaz que foge com a melhor amiga da namorada... A falta de glamour das luvas de borracha aniquila qualquer tensão sexual.

Por isso tornei-me adepta das relações “joystick”, relações que servem apenas para a parte divertida da vida.
Amor? Sim.
Relação? Sim.
Cabana? Duas, sff.
Espero criar novos adeptos!