A maior mentira do mundo é que queremos sempre ouvir a verdade...
Há verdades que doem como espadas. Nesses casos, por mais que custe a admitir à maior parte das pessoas, ninguém quer a verdade mas sim um ponto intermédio a "verdade que queremos ouvir".
Torcemo-nos e rezamos para ouvir as melodiosas palavras de uma caridosa e simpática mentira, dita com a pompa de uma verdade.
Mais uma vez, o tom de voz conta! A maneira como a mentira nos é posta tem que ter a certeza e a determinação de uma verdade.
Para os mais crentes (ou para os optimistas), o tom de voz nem tem que ser tão certo assim, pode ser dita de qualquer maneira e a imaginação e a ingenuidade tratam de limar as arestas.
A verdade é como uma faca, não há volta a dar-lhe, agora uma mentira graciosa quase nos conforta, nos afaga os cabelos e até nos puxa o cobertor para cima nas noites de inverno.
Nestas mentiras quase podemos tirar um moral da história, da verdade só conseguimos tirar amargura.
Pondo em prática, queremos mesmo saber que o nosso parceiro deu uma facadinha?
Em público respondemos que sim sem pestanejar mas secretamente... Não é bom acreditar no romance perfeito?
E se soubermos? O que fazemos com essa informação?
Temos a verdade e...?!?! Temos direito a uma medalha de latão e a um coração em frangalhos...
Dizem que só os loucos são verdadeiramente felizes... lá está...
Para um louco, o que vale a verdade? Exactamente o mesmo que uma anedota...
... e afinal quem é mais louco? Quem se consome com entoações e pela busca da verdade mais cruel ou quem se ri disso tudo??
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