domingo, 27 de março de 2011

Queres a verdade ou algo simpático?

A maior mentira do mundo é que queremos sempre ouvir a verdade...

Há verdades que doem como espadas. Nesses casos, por mais que custe a admitir à maior parte das pessoas, ninguém quer a verdade mas sim um ponto intermédio a "verdade que queremos ouvir".

Torcemo-nos e rezamos para ouvir as melodiosas palavras de uma caridosa e simpática mentira, dita com a pompa de uma verdade.

Mais uma vez, o tom de voz conta! A maneira como a mentira nos é posta tem que ter a certeza e a determinação de uma verdade.


Para os mais crentes (ou para os optimistas), o tom de voz nem tem que ser tão certo assim, pode ser dita de qualquer maneira e a imaginação e a ingenuidade tratam de limar as arestas.

A verdade é como uma faca, não há volta a dar-lhe, agora uma mentira graciosa quase nos conforta, nos afaga os cabelos e até nos puxa o cobertor para cima nas noites de inverno.

Nestas mentiras quase podemos tirar um moral da história, da verdade só conseguimos tirar amargura.

Pondo em prática, queremos mesmo saber que o nosso parceiro deu uma facadinha?

Em público respondemos que sim sem pestanejar mas secretamente... Não é bom acreditar no romance perfeito?

E se soubermos? O que fazemos com essa informação?
Temos a verdade e...?!?! Temos direito a uma medalha de latão e a um coração em frangalhos...

Dizem que só os loucos são verdadeiramente felizes... lá está...
Para um louco, o que vale a verdade? Exactamente o mesmo que uma anedota...

... e afinal quem é mais louco? Quem se consome com entoações e pela busca da verdade mais cruel ou quem se ri disso tudo??

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