terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Bichinho Carpinteiro

Quando somos novos as pessoas á nossa volta dizem, até com certo orgulho, tem " bichinho carpinteiro", infelizmente, quando crescemos diagnosticam-nos ansiedade.

Para mim um "bichinho carpinteiro" era uma criatura querida, com imensas patas (para poder correr rápido de um lado para outro), com sapatos coloridos e laçarotes... Isto não sei justificar bem porquê...


Já a ansiedade não tem graça nenhuma, lembra ansiolíticos, guerra interna e comportamentos sinistros... Será na infância não adivinham o que vem aí?

Um ano depois de começar a trabalhar, numa consulta típica de medicina do trabalho, o médico disse que precisava do "comprimidos dos executivos". Não fazia a mais pálida ideia que me estava a receitar um ansiolítico. 
Sem querer entrar pela onda Baudelaire e pelos "Martírios Artificiais", a experiência é horrível... A sensação equivale a estar permanentemente em "banho-maria", deixamos de estar bem ou mal, estamos sempre assim-assim.
Qualquer pessoa que me conheça há mais de 5 minutos sabe que isto não tem nada a ver com a minha essência.
Sou passional, gosto de viver de forma passional, gosto dos "altos" e dos "baixos", não percebo a piada de me "refriar", honestamente não vejo qualquer vantagem...
Deve ser mais uma daquelas convenções sociais que para mim não faz sentido nenhum...

Contudo, não concordo muito com a máxima do James Dean: viver depressa, morrer cedo e ter um cadáver apresentável. 
Viver depressa: sempre. Em relação à morte, não quero perder muito tempo a falar nesse tema, que venha quando tiver mesmo que ser mas que seja como a vida... Rápida! O estado do cadáver também não me preocupa, não estou a contar olhar para ele mesmo...

Nunca percebi bem porque é que perdemos tanto tempo a calcular a nossa altura da morte. É um facto inevitável, estarmos constantemente a pensar que isto e aquilo aceleram ou atrasam a hora, só nos vai consumir o precioso tempo de vida!

Portanto, se me permitirem sugerir uma nova máxima: vivam depressa, não pensem na morte e andem sempre apresentáveis!

Ah!... E o "bichinho carpinteiro" é amoroso, tem várias patas com ténis coloridos, laçarotes na cabeça... Forever!

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