sábado, 18 de dezembro de 2010

Anti-"ralações"


Em conversa com um ex de algum tempo atrás, comprovei aquilo que o mundo me tem dito e eu tenho sempre negado: sou do contra.
Não com aquele exemplo que todas as pessoas dão... se é azul não faz sentido que é de outra cor qualquer.
O meu “contraísmo” aparece naquilo onde ninguém espera, nas ligações efectivas.

Sempre que começo uma ligação com uma nova pessoa a única coisa que tenho bem presente na memória são as relações que não quero ter.
Os exemplos dos meus pais, dos meus avós, com todos os meus exs, trilham o caminho por onde nunca irei deixar que a minha relação actual enverede.


Se assim é, parece que andamos no mundo apenas para arrecadar o máximo de maus exemplos possível. Então quando acertamos? Quando tivermos feito todos os erros determinados? Nesse caso o nosso objectivo deveria ser ter o máximo de péssimas relações possível para descobrirmos mais cedo a relação ideal?
Por esta lógica desde que nascemos, vivemos numa corrida frenética para o disparate, o que amealhar mais erros tem o prémio de descobrir o “certo” mais rápido que outros!

Portanto, se vives constantemente a queixar-te da tua falta de sorte aos amores e das tuas relações frustantes alegra-te, se já acumulaste um número considerável de falhanços o mais provável é estares quase a chegar ao prémio final.

Esta teoria de “ralações” amorosas tem um “je ne sais quoi” de carrinhos de choque... mas torna os nossos desaires amorosos carregadinhos de significado... mais uma ficha mais uma volta?

Bom, acho que acabei de arranjar material para três sessões de psicoterapia...

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